segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Gustavo Lins: filosofar é preciso!


Vocês conhecem o Gustavo Lins? Bom, até a Feira do Empreendedor, do Sebrae MG, eu não conhecia. O cara é um sujeito muito batráquio, podemos dizer. E também curioso e cheio de idéias inovadoras. Arquiteto de formação, ele também se revela como um autêntico mineiro: come quieto até demais.

Gustavo pertence a uma tradicional família mineira. A ideia do seu pai era ver todos os filhos formados e trabalhando em áreas tradicionais, como medicina, direito, engenharia. Lins foi então cursar a faculdade de Engenharia de Minas e, depois de um tempo, ficou totalmente insatisfeito. Logo após ele decidiu mudar de curso e foi estudar arquitetura, algo que tinha mais a ver com sua essência. 
 
Durante a Feira do Empreendedor ele contou que ele e seus irmãos sempre vestiram roupas feitas por costureiras e alfaiates. Ele nunca gostou das roupas feitas por esse pessoal e, assim que passou em um concurso no banco, começou a gastar todo seu dinheiro com roupas! Mas, como bom questionador, ele também começou a não aceitar os valores altíssimos que eram praticado pelas grandes grifes e decidiu fazer suas próprias roupas – que se tornaram um verdadeiro sucesso entre seus amigos.

O tempo se passou e Gustavo se mudou para Barcelona, para fazer seu Doutorado em Arquitetura. E foi lá que ele se descobriu como estilista. Porém, como bom arquiteto e pesquisador, antes de desenvolver peças de roupa ele decidiu estudar a anatomia do corpo humano. Ele queria criar peças que se encaixassem perfeitamente ao corpo. E começou então a construir suas roupas, que eram desenvolvidas a partir de moldes perfeitos. Tantos estudos fizeram com que ele fosse o primeiro estilista brasileiro a ser convidado para apresentar sua coleção na semana de moda de Paris.

Além de possuir sua marca própria – ele está pleiteando sua inscrição definitiva na Câmara da Alta Costura – atualmente ele trabalha para a Hermès. Galliano é um de seus clientes fiéis e ele também já trabalhou para os principais maisons do mundo, como Dior, Louis Vuitton e Jean Paul Gaultier.

Apesar de muita gente achar que a Alta Costura não irá sobreviver a toda a globalização que vivemos, Lins acredita fielmente que ela nunca vai acabar. Por isso ele não vai desistir de alcançar seu lugar nesta câmera tão concorrida. Hoje suas peças são exportadas para vários países da Europa, Japão, Coréia do Sul e Rússia. 
 

Eu ficaria mais algumas horas ouvindo Gustavo Lins, sabia? O cara é um orgulho da moda mineira! Ele tem muita história boa para contar! Sucesso para ele! ;)

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