Não é segredo pra ninguém que o estilista Samuel Cirnansck é meu preferido (e que meu sonho é casar com um vestido assinado por ele). É louvável e impressionante a forma como ele desenvolve um trabalho rico, singular, minucioso. Em tempos de escassez de criatividade, ele consegue se reinventar e surpreender a cada temporada. E no inverno 2012 não foi nem um pouco diferente.
Assim que entrei no
backstage já fiquei animada. Primeiro porque dei de cara com a make
deslumbrante que Celso Kamura criou. A Lud já fez um post aqui contando sobre a inspiração do beauty artist e sobre os materiais que ele usou.
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Beleza negra e branca, cílios de penas e rabo desconstruído
Em seguida, foi a hora de ficar embasbacada com os looks que
seriam desfilados. Vi de longe uma costureira fazendo os últimos
ajustes em uma peça e pensei: “É pele, claro!” (Justo no dia que havia
uma manifestação contra o uso de pele na moda! Sério, achei que Samuel
estaria em maus lençóis). Mas ai, fui conversar com Cláudia Santos,
assistente do estilista e responsável pelo styling do desfile. E ela me contou que tudo era tecido! Entendeu minha empolgação?
Vestido brancos, dourados e pretos na passarela
Cláudia
explicou que esta é uma técnica que Samuel desenvolve há anos em seu
ateliê. Ele pega tecidos finos, como seda, gazar, musseline e etc, corta
em viés e depois desfia tudo, manualmente. E, quando tudo é costurado
junto, nasce uma espécie de pele fake. Incrível!
Ela
ainda disse que o estilista se inspirou nas jóias e em gatos. Como
resultado, vestidos muito bordados, elaboradíssimos, fazendo referência a
estes dois universos.
É interessante ver também que Samuel apresentou um desfile completamente novo, que em nada remete ao realizado em outubro, durante o Minas Trend Preview. Criativo mesmo, hein?
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